O criptorquidismo é uma doença hereditária autossômica ligada os sexo. A maioria dos autores consideram como criptorquidas apenas os casos em que um ou ambos os testículos encontra-se presente fora da sua localização normal. Alguns porém denominam de ectopia testicular se o testículo estiver fora do trajeto normal de descencia e de criptorquidismo quando a descida não é finalizada e este se encontra “no meio do caminho”. O criptorquidismo se diferencia do monorquidismo pois no segundo caso um dos testículos está na bolsa escrotal e o outro é inexistente. Em cães 70% dos casos ocorre no lado direito (MAESTRI, 2007).
Geralmente se trata de um achado clínico isolado porém outros problemas genéticos tais como má-formações do sistema reprodutor ou disfunções hormonais podem estar também presentes. O diagnóstico é simples, pois ao se examinar os testículos do animal percebe-se a ausência de um ou ambos no interior da bolsa escrotal.
Apesar de serem férteis os cães monorquidas e criptorquidas não devem reproduzir pois o problema é transmissível geneticamente, e portanto, seus filhos também poderão apresentar a patologia e suas filhas serão portadoras do gene.
A castração é o tratamento mais indicado e deve ser feita o mais breve possível para evitar complicações futuras.
Dentro os problemas que podem ocorrer com cães criptorquidas pode-se citar: neoplasias testiculares, esterilidade, dimuinição na concentração espermática no testículo contralateral devido ao aumento do estradiol sérico, distúrbios comportamentais e dermatopatias.
As complicações decorrentes do criptorquidismo estão principalmente relacionadas à localização testicular.
A descida dos testículos ocorre normalmente em 3 etapas:
1- migração intra abdominal
2- migração intrainguinal
3- migração do testículo para o escroto devido a regressão do gubernáculo
Os testículos do cão ao nascimento se encontram na cavidade abdominal .O processo de descida testicular deve se completada ate os 6 meses de idade, quando o anel inguinal se fecha. Contudo os testículos podem ser palpados no interior da bolsa escrotal, normalmente, entre 10 e 45 dias de idade.
