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Dálmatas e Chinese Crested Dog

domingo, 8 de novembro de 2015

EPILEPSIA


Assim como os seres humanos alguns cães também sofrem de epilepsia. Vou tentar explicar de forma didática um pouco sobre esse mal que é muito mais comum do que muitos imaginam e tentar listar algumas coisas que o proprietário pode fazer para ajudar este animalzinho.

A epilepsia é uma síndrome, de caráter funcional crônico e incurável, que se caracteriza por episódios de convulsão de recorrência regular ou não. Pode aparecer em cães de ambos os sexos e de qualquer raça ou tamanho. Apresenta quatro etapas:

Fase 1 - PRODOME - se caracteriza por sinais clínicos sutis que precedem em alguns dias a crise epilética

Fase 2 - AURA - é o período que antecede em algumas horas a crise convulsiva. Falarei com detalhes sobre esta fase daqui a pouco pois ela em geral apresenta sinais bastante fáceis de serem detectados pelo proprietário.

Fase 3 - ICTUS OU PERÍODO ICTAL - convulsões generalizadas ou parciais

Fase 4 - PERÍODO PÓS-ICTAL  - o animal geralmente apresenta sinais de alteração psiquica, alguns ficam desnorteados, podem ficar agressivos ou simplesmente sonolentos.


Mas afinal, o que é uma convulsão?

Convulsão é uma alteração neuronal que leva a distúrbios paroxísticos neuronais, causa desequilíbrios entre neurotransmissores excitatórios e inibitórios, modificando assim a atividade elétrica dos neurônios e resultando em um período de anormalidade clínica.
As convulsões podem ser classificadas de acordo com sua gravidade em 3 tipos:

Tipo 1 - PARCIAIS
É a forma mais difícil de ser observada pois os sintomas são discretos e portanto, muitas vezes não perceptíveis ao proprietário. O animal fica "fora de si" , fica apático por alguns minutos e pode ou não apresentar pequenos tremores, especialmente nos membros.

Tipo 2 - GENERALIZADAS
Neste caso as descargas elétricas acometem todo o cérebro. O animal apresenta tremores, pode haver perda de consciência, salivação, vocalização, paralisia temporária e dura cerca de 2 minutos. Alguns animais também urinam, defecam ou até fazem vómitos durante as crises.
É importante que um veterinário seja consultado para a realização de exames visando identificar a causa do problema.

Tipo 3 - STATUS EPILETICUS
É a forma mais grave e necessita de intervenção imediata e se não tratada imediatamente pode levar ao óbito. O proprietário deve imediatamente procurar um veterinário. Este tipo consiste de convulsões generalizadas repetidas que contínuas que não cessam espontaneamente.


CAUSAS
A causa nem sempre é fácil de se identificar. Pode ter caráter genético (hereditário), ser causada por fatores físicos ou metabólicos. Segue uma lista das causas mais comuns)
- idiopática (sem causa aparente e geralmente hereditária, acomete animais jovens e tem início entre 1 e 3 anos de idade)
- hipoglicemia (baixa de glicose)
- hipertireoidismo
- intoxicação / envenenamento (especialmente por organofosforado)
- traumatismo craniano (TCE)
- febre muito alta
- hipertermia
- neoplasias
- estenose de veias ou artérias cerebrais
- sindromes paraneoplásicas


COMO AJUDAR UM ANIMAL COM EPILEPSIA
A primeira coisa que se deve ter em mente é que é imprescindível manter a calma. Conversar sussurando com seu animal e fazer carinho ou coloca-lo em seu colo pode ajudar a acalma-lo e dar mais conforto.
Ao perceber que a crise terá início observe se não existe nada perto que possa vir a machucá-lo. Nunca deixe um animal em crise próximo a escadas ou varandas. Tente apoiar a cabeça do animal para evitar que bata no chão.  Evite tocar na boca pois durante a crise o animal não tem controle, fica confuso e pode morder.
Na fase pré-ictal ou aura alguns sinais podem ajudar a identificar o problema que está para se manifestar. O animal sente que algo está errado e em geral procura a companhia do dono, é comum que fiquem mais "grudentos" e alguns ficam andando sem parar pela casa. Episódios de vômitos são comuns nesta fase.
Como eu disse anteriormente os sinais da convulsão podem ser variados e a intensidade destes sinais varia muito de um animal para outro. Nem sempre haverá perda da consciência.
Se a crise durar mais que dois minutos deve-se ir imediatamente para um veterinário para se realizar o controle desta com medicamentos específicos.


Segue abaixo um video com dois casos de epilepsia. Ambos os vídeos foram retirados do youtube e desconheço a frequência e a causa da síndrome mas permitem visualizar com clareza dois comportamentos distintos. No primeiro exemplo temos um cão em status epileticus, o animal apresenta crises repetidas com duração acima de 2 minutos mas consegue retornar sem o uso de medicamentos. É visivel a necessidade neste caso de intervenção veterinária devido a intensidade da crise. O animal ao retornar fica desnorteado e demonstra cansaço.
No exemplo 2 temos uma cadela sem raça definida de porte pequeno que apresenta uma convulsão igualmente intensa, com movimentos tônicos clônicos e salivação mas com uma duração menor. Ao contrário do que é mostrado no vídeo não se deve deixar o animal sozinho e nem perto de obstáculos (móveis, cadeiras, etc).O andar cambaleante após a crise é bastante comum e nestes casos é importante não deixar o animal perto de obstáculos pois pode se machucar.


domingo, 1 de novembro de 2015

HALLOWEEN


Ontem tivemos um dia diferente e muito divertido. Uma amiga convidou a matilha para participar de uma festa de Halloween canino no Parcão da Lagoa. Como não era possível ir com todos, selecionei três chinesinhos para participar do evento. Charlotte virou uma linda bruxinha, Wasabi foi vestido de Mago e Carlotinha virou "bat-Carlota".



Nossa anfitriã, a dálmata Titi, arrasou como uma bruxinha super fashion.


Carlota estava muito a vontade, e foi a que mais brincou. Assim que chegou foi logo tratando de fazer amizade com uma bruxinha muito charmosa. 




A cadelinha Meg foi a fotógrafa oficial da festa e registrou tudo que aconteceu durante a tarde com sua máquina fotográfica


A galera entrou no clima da brincadeira e tinha um monte de fantasias legais, que não pude deixar de fotografar para compartilhar com vocês.